a

Hi there! This is Esben, an elegant photography theme. Are you ready to show your work to the world?

INSTAGRAM

O olhar por trás
das lentes.

Como você pode ver por aqui, fotografar é uma grande parte de mim, mas tá longe de ser a principal. Amo explorar novos mundos, mas o que eu gosto mesmo é de me conectar com pessoas e colecionar histórias. A fotografia foi onde encontrei minha forma de eternizá-las e de perceber o mundo com mais luz e poesia. É assim que eu faço dele minha morada há mais de 10 anos, me permitindo e me explorando em diversos lugares pelo mundo de fora e de dentro. Pra mim, viajar sempre foi uma linda ferramenta de autoconhecimento. Não é sobre lugares, mas sobre como cada lugar me faz sentir, e a nova versão de mim mesma que consigo ser a partir dali.

Cresci em Foz do Iguaçu, no interior do Paraná. Filha da Tania e do Luiz, e irmã caçula do Christian. Apesar de ter tido uma educação bastante tradicional e conservadora, eu sempre tive uma visão de mundo extremamente privilegiada. Cresci convivendo com intercambistas de diversas partes do mundo, que meus pais recebiam para passar temporadas na minha casa. A troca cultural com meus irmãos estrangeiros me encantava e, mesmo sem saber, aprendi muito mais do que poderia mensurar.

Desde pequena eu sou fascinada por idiomas, culturas, artes, viagens e aventuras. Como dá pra imaginar, eu fui a filha meio “da pá virada” que deu muito trabalho. Minha mãe que o diga! Rs. Talvez por isso, e por ter crescido em uma tríplice fronteira, eu sempre sonhei em viajar o mundo. Acho que no início era aquela coisa inocente de menina do interior que quer viver na cidade grande. Mal sabia eu que aquele desejo bobo seria a porta de entrada para um novo mundo de possibilidades. E que mundo!

Saí cedo de casa, com 17 anos. Peguei carona na desculpa de que não tinha o curso que escolhi nas faculdades lá de Foz, e fui. Me formei em design gráfico pela PUC de Curitiba, onde vivi cerca de 6 anos. Apesar de ousada, eu sempre carreguei o fardo de ser uma menina fresca, insegura e medrosa. Acredite ou não, pegar ônibus sozinha naquela época era a maior das aventuras e uma barata em casa era um salve-se quem puder. Mas eu não gostava de ser assim e queria mudar aquilo de alguma forma.

Aprendi logo cedo que nossa coragem é proporcional ao tamanho dos nossos medos. Passei anos buscando possibilidades, despertando sonhos e abrindo caminhos. No início de 2011, decidi sair totalmente da minha zona de conforto e me abrir para algo que viraria minha vida do avesso. Me apliquei como designer para um programa de trainee no lugar perfeito pra isso: Nova Delhi, a capital da Índia. Na busca por um choque cultural e uma experiência transformadora, vivi cerca de 2 anos em uma das cidades mais caóticas do mundo, em uma época que sequer existia smartphone para facilitar a vida. Como era de se esperar, absolutamente tudo em mim mudou. E foi lá que meu olhar fotográfico começou a sair do campo dos sonhos. Meus primeiros registros marcantes, feitos com a câmera simples e compacta que eu tinha na época, abriram meus olhos para uma arte que de certa forma sempre me pertenceu.

PRIMEIROS REGISTROS EM 2011, ÍNDIA.

Ali eu despertei um furacão em mim, que ventou pelo mundo nos 10 anos seguintes, vivendo uma vida nômade, quebrando barreiras e transformando em profissão aquilo que parecia apenas uma grande aventura. Entre reflexões, relatos, escritos e registros dos bastidores dessa jornada, eu fui criando uma comunidade cada vez mais fiel e conectando pessoas nas minhas expedições, imersões, ensaios, workshops e o que mais surgir pelo caminho.

Apesar do riso fácil e de levar uma vida leve, gosto de trocas profundas sobre o que nos atravessa, buscando respostas que talvez eu jamais encontre. Gosto de viver com intensidade e não passo um único dia sem me questionar. Gosto de não saber, porque sempre tenho algo novo para aprender. Gosto de criar, filosofar, inovar, ousar, transformar, cozinhar, dançar, cantar. Gosto do que é simples e de descobrir beleza na simplicidade das coisas.

Depois de tanto tempo na estrada e grandes desafios pessoais, a falta de pertencimento passou a ser um peso maior do que valia a pena carregar. O caminho foi longo, mas em 2022 finalmente escolhi um refúgio para chamar de lar. Eu nunca abri mão da liberdade, inclusive para mudar. Hoje estou baseada em São Bento do Sapucaí, na Serra da Mantiqueira, vivendo uma nova fase e buscando um equilíbrio entre voar e aterrar.

Tem muito mais lá no
insta @patchinpixels

CRÉDITOS // CAPA: ELISA NADAL. ÚLTIMA FOTO: BRENDA MARQUES.